domingo, 3 de junho de 2012


   O Currículo e suas Implicações

"A escola compõe uma rede de espaços sociais ( institucionais e não institucionais) que constrói comportamentos , juízos de valor, saberes e formas de ser e estar no mundo" (Moll, 2007, p.139).



             O currículo é o balizador de todas as ações pedagógicas empreendidas na escola, assumindo assim papel central que possibilita ou não a formação do sujeito em sua integralidade.

A escola busca discutir, questionar e repensar o currículo, com suas concepções, formas de organização, seus condicionantes e suas posssibilidades. Parece existir um consenso principalmente entre os docentes, como principais atores no ato de refletir e elaborar o currículo, que este, precisa ir além do rol de conteúdos com seus conhecimentos científicos, deve conter as questões sociais, culturais e humanas em toda sua diversidade.
              Alguns documentos nos ajudam a refletir sobre o currículo e suas implicações no aprendizado. Os Parâmetros Curriculares Nacionais, apontam para uma certa unidade curricular, como forma de melhorar a qualidade de ensino no país, ao mesmo tempo que propõe o respeito as diversidades culturais, regionais, étnicas, religiosas, conferindo mais autonomia no posicionamento e participação de mais atores na elaboração dos currículos escolares, contemplando a diversidade local, e as necessidades dos sujeitos envolvidos no processo de ensino/aprendizagem. Essa característica esta presente também nas diretrizes Curriculares Nacionais, resolução n. 4 art. 3º.
"As Diretrizes Curriculares Nacionais específicas para as etapas e modalidades da Educação Básica devem evidenciar o seu papel de indicador de opções políticas, sociais, culturais, educacionais, e a função da educação, na sua relação com um projeto de Nação, tendo como referência os objetivos constitucionais, fundamentando-se na cidadania e na dignidade da pessoa, o que pressupõe igualdade, liberdade, pluralidade, diversidade, respeito, justiça social, solidariedade e sustentabilidade".
             É função do estado garantir, formação continuada, flexibilidade na organização dos tempos escolares de modo a promover a reflexão, de acordo com as diretrizes Curriculares Nacionais, resolução n.4 Art. 2º parágrafos II e III.
II - estimular a reflexão crítica e propositiva que deve subsidiar a formulação, a
execução e a avaliação do projeto político pedagógico da escola de Educação Básica;
III - orientar os cursos de formação inicial e continuada de docentes e demais
profissionais da Educação Básica, os sistemas educativos dos diferentes entes federados e as
escolas que os integram, indistintamente da rede a que pertençam.
             Cabe a escola em parceria com as redes Municipais e ou estaduais, convocar e integrar educadores, pais, educandos e representações comunitárias, mediando qualificadamente as discussões acerca do currículo como forma de democratizar e dividir cooperativamente as responsabilidades educativas.
              A proposta de Educação Integral nos leva a repensar o currículo que está posto, pois o mesmo não dá conta da integralidade pensada/desejada, já que não conjuga todas as dimensões do conhecimento humano e não integra as etapas da Educação Básica.
Referências
Rede de saberes Mais Educação: pressupostos para projetos pedagógicos de educação integral. Brasília: Ministério da Educação, 2009. 92p.
Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: Ministério da Educação, 2001.126p.
ARROYO, Miguel G. Educandos e educacores: seus direitos e o currículo. In: Indagações sobre currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008. 56 p.
ARROYO, Miguel G. diversidade e currículo. In: Indagações sobre currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008. 48 p.